A Confiança Mútua Cultiva-se, Basta Regá-la

Qual será o papel da confiança na relação e na comunicação com os adolescentes?

“...conversar, conversar, conversar. Não os deixar quietinhos a conversar com as suas “maquinazitas” e os pais a conversar ao telemóvel. (...) Conversar sempre do que se passa na escola e no trabalho, (...) conversar do que nós fazíamos quando éramos filhos (...) mostrando os amigos que temos (...) os pais têm que se interessar pelos amigos do filhos. Interessar, não fiscalizar.” 

Javier Urra

Numa semana em que voltamos ao tema da comunicação com adolescentes, recuperamos mais um texto que traz pistas sobre esta questão.

O diálogo rega a relação de confiança pais – filhos. Desde a infância, passando pela adolescência e juventude... E até na vida adulta o diálogo ocupa um lugar central na relação entre pais e filhos.

Muitas vezes os pais queixam-se da falta de tempo para conversar, criar momentos de diálogo e partilha. Para mudar é preciso Parar e Pensar!

Pense no que gostaria de fazer diferente na próxima semana. Olhe para a sua agenda:encontre o momento para criar a oportunidade para falar do que lhe vai na alma. Se o tempo escasseia, pode sempre optar por transformar as rotinas em instantes especiais. Por exemplo, uma viagem de carro (seja um percurso curto ou longo, pouco importa) – tem assistência assegurada! Uma ida ao supermercado...

Quando se trata do tema de conversa, partilhamos consigo as sugestões de Javier Urra, grande especialista em questões da adolescência:

- Como foi o seu dia?

- O que espera encontrar no trabalho? Que desafios tem para superar por lá? 

- Relatar que tem um colega com quem não simpatiza e partilhar como lida com a situação.

- Ou falar do Verão, do que fazia nas férias grandes quando era mais novo....

Repare que estamos sempre a sugerir que fale de si, que comunique o que lhe paetece e faz sentido. Sem esperar nada em troca. Mas… se surgir do outro lado a vontade de “entrar no jogo da comunicação”, chegou a hora de ouvir! Lembre-se que é importante interessar-se pelo que o seu filho lhe conta. Interessar-se sinceramente, de coração aberto, sem censuras, nem fiscalizações…