Acolher a História Que as Famílias Contam

Há tantas histórias. Há tantas famílias. Todas únicas e especiais. Com muitas curvas e contracurvas. Ir ao encontro de cada família e acolhê-la com tudo o que traz (forças e fraquezas, fragilidades e seguranças, conquistas e derrotas…) é um convite a “sair do sítio onde estamos”, ganhar perspectiva, ter curiosidade em relação ao que o outro nos traz sem juízo de valor. Porque a história do outro, da família que temos diante de nós, não é melhor nem pior que a nossa. É a sua história, a sua perspectiva - tão importante e válida quanto a nossa!

Muitas vezes nem ouvimos o que nos contam. Chegam até nós porque estão preocupados com alguma coisa na sua família ou porque alguém lhes disse que tinham um “problema” que precisavam de resolver. Esta pode ser a realidade de muitos profissionais que intervêm com famílias e que connosco se cruzam, sobretudo no contexto da formação.

Os profissionais ficam inquietos. Têm, na maior parte das vezes, um profundo desejo de ajudar, querem o melhor para os pais que vêm ter com eles (tal como os pais querem o melhor para os filhos). E nesta ânsia de ajudar, de resolver, muitas vezes “saltam para a acção” e nem escutam a história que lhes conta quem está diante de si. Sabemos que é difícil parar e pensar que é preciso ficar ali - com a cabeça, o coração, os ouvidos…. com o corpo todo diante daquela família.

Há tantas histórias. Há tantas famílias. Todas únicas e especiais. Com muitas curvas e contracurvas. Ir ao encontro de cada família e acolhê-la com tudo o que traz (forças e fraquezas, fragilidades e seguranças, conquistas e derrotas…) é um convite a “sair do sítio onde estamos”, ganhar perspectiva, ter curiosidade em relação ao que o outro nos traz sem juízo de valor. Porque a história do outro, da família que temos diante de nós, não é melhor nem pior que a nossa. É a sua história, a sua perspectiva - tão importante e válida quanto a nossa!

Sabemos que o desafio é grande, a tentação enorme - porque queremos o melhor, porque queremos “salvar o mundo”, porque acreditamos que sabemos exactamente o que o outro precisa… De tal forma que saltamos para a acção sem escutar o que nos diz.

Sabemos (e acreditamos) que quando a família se sente acolhida e compreendida constroem-se pontes e surgem oportunidades de mudança nunca antes imaginadas. Sabemos (e acreditamos) que o agente de mudança pode ser cada um de nós (família ou profissional, aquele que decidir mudar!). Sabemos (e acreditamos) que quando as famílias se sentem ouvidas e respeitadas a sua autoconfiança cresce e então, a magia pode acontecer. É por isso que inspiradas pelo espírito natalício queremos convidar todos os profissionais a fazer acontecer a magia, acolhendo as histórias que as famílias lhes trazem e escutando-as com o coração.