2021-01-20
Acreditamos, com base quer da nossa experiência profissional, quer da nossa perspectiva de mães, que todos os intervenientes no processo educativo – alunos, professores e pais/famílias – desejam que as escolas e os espaços de aprendizagem sejam espaços de bem-estar e desenvolvimento. Sabemos que esse desejo e esse sonho são o que move a maioria destas pessoas a continuar, apesar dos obstáculos que vão encontrando. Esta crença é o motor do nosso trabalho na área educativa!
Quando encontramos pais e alunos que desejam uma escola onde se sintam acolhidos e compreendidos, quando encontramos professores e educadores que desejam ser inspiradores para os seus alunos, sabemos que temos à nossa frente pessoas que estão disponíveis para parar e pensar. E é isso que lhes trazemos: a oportunidade de Parar e de Pensar.
É fácil de perceber a importância de Parar: quase todos nos queixamos da velocidade do tempo, da multiplicidade de requisições ao nosso tempo e à nossa disponibilidade. A maioria de nós sente que dispõe de poucas oportunidades para efectivamente, parar. As vantagens de o fazer são, no entanto, evidentes: quando paramos podemos escolher ganhar perspectiva sobre os acontecimentos, sobre a nossa realidade, sobre as nossas emoções. E essa perspectiva é importantíssima quando queremos mudar alguma coisa na nossa realidade diária. Só sabendo e entendendo onde estou e o que é mais importante para mim posso ganhar um melhor entendimento sobre a realidade que me rodeia.
De seguida, estamos em posição de começar a Pensar. E quando propomos aos professores, aos pais e aos alunos pensar, damos, pelo menos, duas pistas para orientar essa reflexão: o que desejam mudar na sua realidade diária e o que depende deles para a fazer acontecer.
Quando nos deparamos com uma situação que nos incomoda ou que nos deixa insatisfeitos, é frequente começarmos à procura dos responsáveis: pais e professores responsabilizam-se mutuamente, ambos responsabilizam os alunos, os alunos responsabilizam os colegas e os professores, os professores responsabilizam o Ministério, a escola, os colegas… e este jogo corre o risco de não ter fim.
Então, de seguida, lembramos a todas estas pessoas, motivadas, interessadas e disponíveis para agir, um pequeno facto que, demasiadas vezes, nos escapa: não podemos obrigar os outros a mudar e a fazer o que gostaríamos que eles fizessem! E é aqui que começa a transformação e a diversão. Este é o ponto de partida para descobrir que temos um poder imenso nas nossas mãos: o poder de decidir o que queremos dizer e fazer, o poder de decidir como queremos gerir com os nossos filhos a responsabilidade em relação à escola, o poder de descobrir estratégias para estar concentrado nas aulas mesmo quando à minha volta tudo parece um caos, o poder de escolher como quero relacionar-me com os meus alunos e como quero apresentar-lhes a matéria que tenho para partilhar com eles!
Este poder permite distinguir melhor quais são as questões que pertencem a cada uma das partes, incentivando cada um a investir energia naquilo que depende de si. E garantimos que é uma poupança de energia tremenda.
Este pode ser um processo desafiante e, às vezes, assustador, mas gostamos sempre de recordar Mahatma Gandhi: “Nunca sabes que resultados virão das tuas acções, mas se não fizeres nada não existirão resultados”.
Se é professor, educador ou tem um papel activo na comunidade educativa, venha explorar estes temas no Ciclo de Workshops para Educadores e Professores que acontecerá online, de Fevereiro a Abril de 2021.
Texto adaptado de um conteúdo publicado no jornal online Vila Nova
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