2019-05-17
“A formação que realizei (...) foi muito importante no meu trabalho como médica de família, nomeadamente na entrevista clínica e no desenho do plano terapêutico. Através do conceito de tentar perceber quais os valores daquela família, permite-me interpretar melhor as queixas e personalizar o plano terapêutico. Isso tornou o meu dia-a-dia mais interessante e menos stressante” (Carla Silva, médica de família)
Quando temos o privilégio de dinamizar uma formação com profissionais empenhados e comprometidos, que querem ser capazes de fazer o seu melhor ao intervir com famílias fragilizadas e preocupadas, criam, por vezes, padrões na relação que estabelecem com elas.
Nos últimos tempos temos observado (e partilhado esta observação) um conjunto de características e dinâmicas nas relações que estes profissionais desenvolvem com as famílias, e aquelas que muitos pais desenvolvem com os filhos. Acreditamos que este é um tema acerca do qual vale a pena Parar e Pensar. Senão vejamos:
Os profissionais que intervêm com famílias querem ser competentes e têm receio de não o ser - do impacto que isso terá na vida e no dia-a-dia das famílias que acompanham; tal como muitos pais em relação aos filhos…
Os profissionais que intervêm com famílias querem muito acreditar que sabem o que é melhor para aquelas famílias, que sabem o que elas precisariam de fazer para serem felizes, equilibradas e bem sucedidas; tal como alguns pais em relação aos filhos…
Estes profissionais procuram continuamente formas de motivar as famílias a fazer mais, a fazer melhor, a alcançar o que se propuseram; tal como numerosos pais em relação aos filhos…
Hesitam, muitas vezes, em implementar medidas que vão complicar a vida das famílias e criar-lhes dificuldades; hesitam em contrariá-las ou em deixar acontecer as consequências das suas escolhas; tal como muitos pais em relação aos filhos…
Querem proteger as famílias de más decisões e do impacto de acontecimentos negativos; tal como uma grande parte dos pais em relação aos filhos…
O “insucesso” das famílias leva-os a questionar a sua competência; tal como quase todos os pais em relação aos filhos...
Daí que os princípios do coaching parental façam MUITO sentido quando são aplicados à intervenção com famílias! Podemos apoiar estes profissionais a descobrir alguns deles e a sentirem como eles podem ser uma mais valia no seu trabalho.
O que ganho no meu trabalho e na relação com as famílias quando confio que a mudança é conduzida por elas? O que recebo em troca quando acredito que são capazes de fazer acontecer mudanças? Que pontes crio quando respeito os valores e princípios que são centrais em cada família?
VOLTARFamily Coaching
Somos um projecto que desenvolve a sua actividade na área do coaching aplicado ao contexto familiar. A nossa principal actividade centra-se no coaching parental enquanto metodologia e recurso quer para as famílias quer para todo o ecossistema comunitário e familiar: trabalhamos com Famílias e para a Comunidade.
Blog
Em Destaque