2020-02-18
A maioria dos profissionais que trabalham com famílias em contexto de intervenção social sente dificuldade em avaliar o sucesso do seu trabalho. Os resultados demoram a chegar, são difíceis de medir, os critérios não estão definidos ou são pouco claros ou desajustados da realidade. Como poderão saber, então, estes profissionais empenhados, determinados e incansáveis se estão a fazer um bom trabalho?
Alguns dos temas que abordamos nesta formação tocam nesta questão. Aqui estão algumas pistas para reflexão individual ou de equipa que podem ajudar a perceber a matéria de que é feita esta intervenção:
Valorizar a relação - sempre o primeiro passo quando trabalhamos com pessoas - descobrir quais as estratégias individuais ou em equipa que são usadas para construir e alimentar a relação com as famílias e os utentes. Pequenos “nadas” que só quem está todos os dias e gasta tempo a fazer perguntas e a querer saber pode colocar em prática;
Vontade de conhecer - a curiosidade é uma ferramenta fundamental em intervenção social. No dia em que deixarem de se interessar, de querer saber como faz “aquela” família para ser funcional no meio do caos, de saber como faz aquele pai sozinho para cuidar de 4 filhos, de ter vontade de perceber melhor como se consegue dar de comer a toda a gente com o pouco que há, será o dia em que a intervenção social deixa de ser sobre as pessoas…
Criar confiança - partimos sempre daqui: como posso confiar no outro para que o outro confie em mim. A aventura de acreditar que as pessoas são capazes - para que elas acreditem no mesmo! Lembrando pelo caminho que se quero que confiem em mim posso dar o primeiro passo!
Ouvir - aquela que, tantas vezes, parece a ferramenta mais fácil de usar e que, inevitavelmente é tão complexa. Porque não ouvimos quando estamos apenas à procura de confirmar o que achamos que sabemos
Persistir - esta será a ferramenta mais transversal nos profissionais que trabalham nestas áreas. Sem ela não estariam aqui.
Sonhar - ter uma visão do que a nossa intervenção quer fazer acontecer! Será que todas as equipas e todos os profissionais sabem para que serve o trabalho que fazem diariamente? Atrevemo-nos a dizer que não. Talvez seja importante começar por aqui: aquilo que faço é para quê?
E agora construa a sua caixa de ferramentas (ou a da sua equipa): para cada um destes pontos identifique uma estratégia, uma acção e coloque-a em prática todos os dias. Faça uma check-list e no final da semana verifique se a implementou diariamente.
“Quando falas estás apenas a repetir aquilo que já sabes. Mas quando ouves pode ser que aprendas algo novo.” Dalai Lama
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Somos um projecto que desenvolve a sua actividade na área do coaching aplicado ao contexto familiar. A nossa principal actividade centra-se no coaching parental enquanto metodologia e recurso quer para as famílias quer para todo o ecossistema comunitário e familiar: trabalhamos com Famílias e para a Comunidade.
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