Profissionais e Famílias: Como Cruzar os Caminhos

“Quando alguém te entende verdadeiramente, sem te julgar (...) isso faz um bem incrível” (Carl Rogers cit por Rosenberg, M.)

Hoje é dia de escrever para os profissionais, para aqueles que trabalham com famílias. E são muitos os que habitualmente se cruzam connosco - nas formações para eles, nos workshops e conferências  temáticas que apesar de serem para os pais suscitam a sua curiosidade e acabando, também, por nelas participar. São muitos e de diversas áreas os profissionais com quem trabalhamos - psicólogos, assistentes sociais, educadores de infância, professores, médicos e enfermeiros, juristas...

Uma semana depois de começarmos a desconfinar e em que educadores de infância, professores do 1º ciclo e famílias se viram a braços com um (re)começo e um tempo de (re) adaptação a meio de um ano lectivo, a comunicação e o entendimento entre todos assume um grande destaque.

Todos acabados de viver um período mais ou menos desafiante. Todos a chegar com novas necessidades, anseios, expectativas e vontades. Todos a terem que “acertar o passo”. 

Quando trabalhamos com os profissionais muitas vezes ouvimos os seus desejos de se conectarem com as famílias - de as compreender e de se fazerem compreendidos. Por aqui, na Family Coaching acreditamos que a pergunta - chave é “o que é que depende de mim para fazer acontecer o que tanto desejo?”:

• Como posso demonstrar às famílias que as compreendo e que respeito o que sentem?

• O que quero dizer às famílias acerca do que sinto e de como posso “pôr-me ao serviço” delas, para que possam olhar-me como um verdadeiro recurso?

• Que tempo quero dar a mim, à (re)adaptação ao meu trabalho? E às famílias, tenho disponibilidade interior para aceitar o seu ritmo e o tempo que precisam para se (re)ajustar?

Várias vezes os profissionais partilham connosco que sentem que eles e as famílias “estão de costas voltadas”, dizem que parece que querem coisas diferentes. O desafio da empatia, de uma comunicação franca e em que, com vulnerabilidade, “se põe às claras” o que se pensa e sente, quase sempre surge como um caminho para criar pontes entre profissionais e famílias.